Queria ser de posse do vento como uma conchinha é.
Bastaria encostar-me o ouvido
E poderia se ouvir uma melodia infinita tocar em meu interior.
Queria ser afortunado como o dia é,
E despertar pelo gorjeio dos passarinhos.
Os pássaros se ajuntam na janela da manhã e despertam o sol com seus gorjeios.
Queria ser de posse do mar como o pôr do sol é.
As águas guardam o dia com a delicadeza que o poeta se guarda nas palavras.
Queria ser de posse da noite como os vagalumes são.
Queria ser de posse de um passarinho como o néctar de uma flor é.
Queria a miudeza da chuva me descomeçando.
Sobre o Autor:
Marcos Andrade Alves dos Santos é Poeta, Contista, Escritor e Pesquisador. Mestrando em Sociologia no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Gênero e Diversidade na Escola pela Universidade Federal do Ceará. Participou dos projetos editoriais pela Porto de Lenha Editora. Publica poesias e contos na Revista LiteraLivre, na Revista Ecos da Palavra e em diversos periódicos da área de Literatura. Publicou com sua avó o livro A Mística dos Encantados, pela Editora Edições e Publicações.
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